terça-feira, julho 04, 2006

GI PLAYSTATION

Foto de Nan Goldin


As criancinhas criminosas foram a julgamento. Bom... o julgamento é assim uma espécie de brincadeira aos juízes e criminosos com um senhor a fazer de ministério público e a pedir a condenação (10 a 15 meses de internamento em regime aberto ou semi-aberto). Enfim, tudo cotas porreiros, que até gostam de apimentar a brincadeira com isto de julgamento e tudo. Como se fosse a sério, como nos filmes. Só faltava era um tal de Parlamento Europeu vir estragar o final da brincadeira. Mas eles aqui não entram. Nós somos de brandos costumes.
Bom. As criancinhas lá confessaram. Foi tudo um divertimento, um passatempo, perfeitamente natural em criancinhas de tão tenra idade. Gritavam: "vamos dar lenha ao Gi" e lá iam. Note-se, facto bastante importante, que estas criancinhas estudando nas Oficinas de S. José não tinham acesso a playstations. A Gi era a playstation deles, o que por si só explica quase tudo: uma criancinha deve ter a sua playstation. As criancinhas também explicaram (e estou a seguir a notícia do público, assinada por Tânia Laranjo), que "sujeitaram a vítima a sevícias sexuais... por curiosidade". Ora contra um argumento destes nada a dizer. Isto só mostra a natureza epistemofílica deste grupinho, quer dizer, a seu amor ao conhecimento. Estamos perante futuros génios da ciência, que já mostram a meticulosidade com que tratam o seu objecto de estudo: "primeiro, queriam saber se era homem ou mulher; depois, quando viram que ainda não havia trocado de sexo, resolveram violentá-la". E, prosseguindo as suas investigações, não faltou o espancamento, as queimaduras com cigarros e a ocultação da "experiência".

1 comentário:

Anónimo disse...

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