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terça-feira, dezembro 31, 2019

LIVROS EM 2019

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1, Blade Runner, o filme culto de Ridley Scott, adaptado do romance de Philip K. Dick “Do Androids Dream of Electric Sheep?” (1968) (existe tradução para português na Relógio d’ Água), passa-se no ano, agora findo, de 2019. Naturalmente, nada em concreto do que Philip K. Dick ou Ridley Scott  imaginaram  para este ano se realizou. Mas embora não tenhamos ainda carros que voam, ou Andróides que não se distinguem dos seres humanos, esses cenários são cada vez mais equacionados. Basta ler o título da entrevista que Yuval Noah Harari dá à edição de 28-12-19 do Diário de Notícias: “Em breve, alguns governos e empresas poderão saber o que cada um de nós está a pensar e a sentir”. É certo que a realidade ainda não é essa, e se os smartphones se transformaram em mini-computadores que trazemos no bolso, onde a informação aparenta ser gratuita, esse é um engano: porque, em troca, enviamos informação sobre nós, que um dia poderá tornar a frase de Yuval N. Harari, acima citada, verosímil. Temos hoje, nos nossos bolsos, um manancial de informação cujo símile será a biblioteca sonhada por Jorge Luis Borges. Então, a questão poderia colocar-se: para que servem os livros em papel? A verdade é que, para além de pouco utilizarmos essa informação – preferindo a conectividade virtual das redes sociais – também continuamos a preferir – ainda – a materialidade do livro.

2, Vejamos então, para já de um modo genérico, o ano editorial de 2019. Em nenhum campo – ensaio, ficção ou poesia – se deu o aparecimento de uma revelação. O facto de Afonso Reis Cabral ser mais uma vez, de forma requentada, apontado como um valor futuro da ficção portuguesa é sintomático disso mesmo. Mesmo na edição, o que se assistiu, foi a uma continuidade como é o caso d’ As Passagens de Paris de W. Benjamin, mais um volume das obras do filósofo alemão que João Barrento tem vindo a traduzir para a Assírio & Alvim, ou da obra de Agustina Bessa-Luís, que parece ter encontrado bom porto na Relógio d’ Água. Os novos livros de Ana Margarida Carvalho ou Alexandra Lucas Coelho, para já não falar em António Lobo Antunes, ou numa perspectiva de literatura light, José Rodrigues dos Santos, reforçam esta ideia. Também no ensaio em português, José Gil escreveu um livro, Trajectos Filosóficos (Relógio d’ Água), que é, de certa forma, uma sequência do volumoso ensaio publicado em 2018: Caos e Ritmo. Novidade editorial – mas nem tanto, porque já tinha feito parte de uma colecção de livros em fac-símile distribuído com o jornal Público – foi o aparecimento do grande romance brasileiro de Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas. O facto de só agora ter sido publicado em Portugal, deve-se a constrangimentos relacionados com os direitos editorais, e não a um divórcio – que terá existido – entre a literatura portuguesa e brasileira. Se algo de novo existiu na edição portuguesa, para além do que se observa na ponto 3, foi um proliferar de biografias, já não de políticos, mas de figuras maiores da literatura portuguesa, recentemente falecidas. Foi assim com a biografia, não autorizada pela família, que Isabel Rio Novo escreveu sobre Agustina Bessa-Luís, mas também a biografia da jornalista Isabel Nery sobre Sophia, ou de António Cândido Franco sobre Mário Cesariny. O género, que estava desaparecido, apareceu em força e alguma polémica.

3, Um dos livros do ano, não teve distribuição pelas livrarias. Refiro-me a “Portugal, Uma Perspectiva”, (que é uma história de Portugal ao contrário, como uma personagem de Saramago em "O Homem Duplicado" imaginava que devia ser a História) dirigida por Rui Tavares, e distribuída em 25 volumes, pelas bancas de jornais com o jornal Público (a certa altura tornou-se impossível encontrar o livro nas bancas, tendo os leitores que fazer o pedido directo à editora, a Tinta da China). Reunindo 50 historiadores, na sua maior parte jovens investigadores quer portugueses, quer brasileiros, quer oriundos dos PALOP, Rui Tavares criou uma História de Portugal descentrada, crítica – e aqui talvez se note uma resposta à História de Portugal organizada por Rui Ramos –, mas lacunar (os volumes organizavam-se por anos: 2019, 1998, 1974, 1961, até terminar em 500 a. C.). Certo é que esta retrospectiva, ou perspectiva, de Portugal, em alguns dos seus volumes, vai fazer uma crítica do esclavagismo português (não temendo cair no pecado historiográfico do anacronismo), da inquisição, e tendo uma perspectiva de um Portugal global. Há, de certa forma, uma ligação com a intencionalidade política da trilogia romanesca de Alexandra Lucas Coelho, no que diz respeito à escravatura, particularmente no Brasil. Note-se que esta perspectiva crítica sobre a História de Portugal, tinha sido já inaugurada por Ana Barradas, no início da década de 1990, com o livro “Os Ministros da Noite. Livro Negro da Expansão Portuguesa” este ano, significativamente, reeditado pela Antígona.

4, No diz respeito à poesia, 2019 foi, antes de mais o ano do centenário de dois dos grandes poetas do século XX: Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen. Há que dizer, que nas comemorações do centenário do nascimento destes dois poetas – e no caso de Jorge de Sena, mais que um poeta, o autor de um dos melhores romances portugueses do século XX, “Sinais de Fogo”, para além de ensaísta, tradutor, antologiador, professor universitário (Brasil e EUA) e pai de cerca de uma dezena de filhos – a história repetiu-se, mais uma vez. Sophia é consensual (talvez demasiado) como as coisas que as suas palavras iluminaram, com alguma sombra; Sena, continua a ser polémico, como o próprio foi em vida. E com alguma razão. Basta ver que, embora grandiosa, da obra de Jorge de Sena, quase nada se encontra nas livrarias, a começar pela sua poesia (quase) completa.

5, Quanto à lista que abaixo se apresenta, mais uma vez tentou ser exaustiva, mas mesmo assim sei que com lacunas. Um dos problemas das pequenas editoras, está em utilizar apenas o facebook como forma de comunicação. Ora, o facebook tem um grafismo monocórdico, que não serve uma estratégia de marketing como um blog serve, ou melhor, uma página concebida de raiz para determinada editora. Por outro lado, mesmo utilizando o facebook, há editores que se esquecem de promover os livros que editam, num desrespeito pelos autores. Está neste caso a editora Glaciar, que este ano publicou três poetas importantes: Yvete K. Centeno (discreta mas muito interessante poeta que se tem dedicado ao estudo e tradução de autores de língua alemã, como Paul Celan) que reuniu a sua poesia desde 1961 em “Entre Silêncios”; e um dos grandes romancistas portugueses – e também poeta – que enveredou pela mesma estratégia: Mário Cláudio com “Doze Mapas”, a sua poesia completa desde 1969, e ainda Albano Martins, de quem esta editora publicou o livro póstumo “Os Dados de Eros”. Não fosse uma nota no Expresso, de José Mário Silva, estes livros ter-me-iam passado despercebidos, como certamente passaram despercebidos, por exemplo, aos leitores da obra de Mário Cláudio. Esta situação já não configura o que António Guerreiro, no Ipsilon de 20-12-19, chamava “culto da clandestinidade auto-infligida ou do livro-fetiche que circula como um dom no espaço de cumplicidade do autor”. Aqui trata-se de pura negligência editorial.
Quanto aos mais de 130 livros de poesia que fazem parte desta lista, há uma tendência, em alguns autores, para a reunião da sua poesia completa: é assim com David Mourão-Ferreira, José Agostinho Baptista, Fernando Guimarães, Paulo da Costa Domingos, Pedro Silveira, Francisco José Viegas, Rui Caeiro, Fernando Assis Pacheco (com a sua Musa Irregular aumentada), o vocalista dos Mão Morta Adolfo Luxúria Canibal, e mesmo uma autora já deste século, com 3 livros publicados, como é o caso de Andreia C. Faria. Acrescente-se a estes autores os já referidos Yvete K. Centeno e Mário Cláudio. Outros autores optaram pelas antologias. No bom trabalho editorial destaque-se a Cotovia, que publicou dois livros de Vergilio: “Geórgicas” e “Bucólica” em tradução de Gabriel A. F. Silva. Ainda uma referência para Isabel de Sá, que depois de 20 anos sem publicar um livro inédito, regressa com “O Real Arrasa Tudo”; e também, para um autor que, merecia maior destaque: Levi Condinho. E ainda há a antologia de João Miguel Fernandes Jorge organizada por Joaquim Manuel Magalhães ou a tradução de “A Beleza do Marido” de Anne Carson, na (não) edições.

POESIA
100 CABEÇAS
Fernando Guerreiro – Ventos borrascosos

ABYSMO
Rita Taborda Duarte – As Orelhas de Karenin
Luís de Camões - Ku Ki Vos | Com Que Voz (tradução de 65 sonetos para o caboverdeano por José Luiz Tavares)
José Luiz Tavares - Arder a Vida Inteira
Carlos Morais José – Anastasis
Georg Trakl – Poemas (trad. e pref. António Castro Caeiro)
Levi Condinho - Pequeno Roteiro Cego
João Rios - Reter o amor no gancho do talho
Manuel Rodrigues – Anastática para Alberto Pimenta
José Anjos - Uma Fotografia Apontada à Cabeça

AFRONTAMENTO
Fernando Guimarães – Lugar da Palavra (Poesia Reunida, 1956-2019)
Maria Albertina Mitelo – Lugar das Rosas
Margara Russotto - As Quatro Estações da Poesia - Seleção poética 1986-2016 (trad. Susana Antunes)


ASSÍRIO & ALVIM
José Agostinho Baptista – Epílogo (Poesia Reunida)
David Mourão-Ferreira – Obra Poética
Daniel Faria – O Livro do Joaquim
Ana Luísa Amaral – Ágora
Mário Rui de Oliveira – O Livro da Consolação
Gançalo Fernandes – Giz Preto
Kobayashi Issa – Os Animais (haikus)
Fernando Pessoa - Antinous e outros poemas em inglês
Peter Handke – Poema à Duração (reed.)
Juan Vicente Piqueras – Instruções para atravessar o deserto (trad. de João Duarte Rodrigues e Manuel Alberto Valente)
Sophia de Mello Breyner Andersen - Musa - O Búzio de Cós e Outros Poemas
__ - Livro Sexto

AVERNO
Emanuel Jorge Botelho - Dizeres de atalaia, 2
Emanuel Jorge Botelho - Dizeres de Atalaia 1
Antonia Pozzi - Morte de uma Estação (sel. trad. de Inês Dias, reed. revista e aumentada)
Jorge Roque - Senhor Porco / Sua Excelência
Abel Neves - Escuro Celeste dos Olhos
Luca Argel - Fui ao Inferno e Lembrei-me de Ti
António Barahona - A Fina Flora do Crepúsculo
Nunes da Rocha - As Moscas de Sileno - Zig et Zig et Zag

BESTIÁRIO
Rui Baião - Balabela

COMPANHIA DAS ILHAS
Paulo da Costa Domingos – Carmes [Reunião da Obra Poética]
Ramiro S. Osório - “aos que chegaram depois” / a vida e o seu duplo
Pedro Silveira – Fui ao mar buscar laranjas [obra reunida]
Urbano Bettencourt - Com navalhas e navios
Catarina Costa - Essas alegrias violentas
Helder Moura Pereira - O pássaro canta o seu canto simples
José Ricardo Nunes – Clássico
Madalena de Castro Campos - A Gun in the Garland
José Manuel Teixeira da Silva (org.) - A garganta inflamada (antologia)

COTOVIA
Vergilio – Geórgicas (trad. Gabriel A. F. Silva)
Vergilio – Bucólicas (trad. Gabriel A. F. Silva)

DEBOUT SUR L'OEUf
Jorge Aguiar Oliveira – Parasitas mortais
José Carlos Soares – Sottovoce
Dímiter Ánguelov – Zeitnot


DO LADO ESQUERDO
Mafalda Sofia Gomes – Espigueiro
Hugo Carvalheira Neves – Certa Parentela
Karmelo C. Iribarren – Estas coisas acontecem sempre de repente (trad. de Francisco José Craveiro de Carvalho)
Maria Sousa – Não abras a porta a estranhos
André Tecedeiro – A Arte da fuga
Adolfo Luxúria Canibal – No fim era o frio e outros textos de amor e solidão

DOUDA CORRERIA
Candeias Nunes - Não sou daqui: eu vim num dorso de vaga
Rui Nuno Vaz Tomé – Só a castidade é natural
Miguel Castro Caldas – Enseada
Tó Carlos – Benfica
Nuno Moura – Terceira
Maria Daniela – O saque a desordem os planetas
Nick Virgilio - A sombra de uma borboleta
Júlia Barata – 2 histórias de amor
João Paulo Esteves da Silva – O coração do Adão
Leonardo Fróes – Assim
Marília Floôr Kosby – Mugido
Raphael Sassaki – A destruição do mundo
Gabre Valle – Cinoverbo
António Ferra – Bluff
Ana Martins Marques/ Antologia - Linha de Rebentação
Marta Caldas – Assembleia
Lígia Soares – Civilização
Almas Delirantes – do Telhal a Rilhafoles
Mário Gomes – Conjunto de 3
Nuno Moura – Braçada
Gonçalo Perestrelo – Crepitam as palmeiras
João Silveira – Motores gerais
Saguenail (escreveu) e João Alves (ilustrou) – A morte lenta

EDIÇÃO DO AUTOR
Marcos Foz – Arca e Usura

EDIÇÕES DO SAGUÃO
Alberto Pimenta – Zombo
Hans Magnus Enzensberger – 66 Poemas (escolha e trad. de Alberto Pimenta)

IMPRENSA NACIONAL/ CASA DA MOEDA
José Luiz Tavares – Instruções para uso posterior ao naufrágio
Francisco José Viegas – Deixar um verso a meio
Guido Cavalcanti – Rimas (trad. de A. Ferreira da Silva)
Michelangelo Buonarroti – Rimas (trad. de João Ferrão)

GLACIAR
Yvete K. Centeno – Entre silêncios [1961-2018]
Mário Cláudio – Doze mapas [1969-2019]
Albano Martins - Os Dados de Eros
AA VV - Manu Scripta. Antologia de poemas manuscritos
Alberto Pereira – Viagem à demência dos pássaros
Raquel Chalfi – Caravela Portuguesa (trad. de Lúcia Liba Mucznik)

GUERRA E PAZ
AA VV - Antologia de poesia romena contemporânea
Victor Correia (org.) - Poemas eróticos dos cancioneiros mediavais galago-portugueses
Thimothy Hagelstein - Águas silenciosas

LICORNE
Frei Agostinho da Cruz – Antologia poética (org. e pref. de Ruy Ventura)
Miguel Esteves Pinto – Supipostolare Encyclopaedia

LÍNGUA MORTA
Claudio Rodríguez – Sem epitáfio (trad. de Miguel Filipe Mochila)
João Almeida – Canto Skin (reunião da obra poética)
Amândio Reis – Spinalonga
Catarina Nunes de Almeida – Livro redondo
Ricardo Norte – Sara
Luís Filipe Parrado – Entre a carne e o osso
Ivone Mendes da Silva – A mulher do meio
Jorge de Sena – Estão podres as palavras (uma antologia organizada por Teresa Carvalho e José Manuel de Vasconcelos)
Nicanor Parra – Acho que vou morrer de poesia (antologia, org. e trad. de Miguel Filipe Mochila
António Gregório – Documentário


(NÃO EDIÇÕES)
 Anne Carson - A beleza do marido (trad. de Tatiana Faia)
José António Almeida - A angústia da azeitona antes de se transformar em luz
Ricardo Marques – Lucidez
José Pedro Moreira - Porque canta um pequeno coração

MALDOROR
Rui Caeiro - O Sangue a Ranger nas Curvas Apertadas do Coração. Obra reunida
António Cabrita (org. e trad.) - As Causas Perdidas: antologia de poesia hispano-americana
Rubaiyat - Odes à Embriaguez Divina (versões e prefácio de Zetho Cunha Gonçalves)

MEDULA
Henrique Manuel Bento Fialho – Estalagem

NOVA MYMOSA
António Cabrita - A Gazeta de Madagáscar e Mais Doze Despedidas

PORTO EDITORA
Isabel de Sá – O real arrasa tudo
Andreia C. Faria – Alegria para o fim do mundo [poesia reunida]
Adolfo Luxúria Canibal – No rasto dos duendes eléctricos [poesia reunida]
João Habitualmente – Um dia tudo isto será meu [Antologia]
Fernando Lemos – Poesia
Emanuel Madalena – Sob a forma do silêncio
Luís Costa – Amar o tempo das grandes maldições

PUBLICAÇÕES DOM QUIXOTE
Fernando Pinto do Amaral – O Terceiro Vértice
Maria Teresa Horta – Eu sou a minha poesia
António Carlos Cortez – Jaguar
Nuno Júdice – O coro da desordem
Manuel Alegre – Os sonetos
Amanda Lovelace – Aqui a princesa salva-se sozinha
Pablo Neruda – Poemas de Amor (trad. de Nuno Júdice)
Lídia Jorge - O livro das tréguas

RELÓGIO D’ ÁGUA
João Miguel Fernandes Jorge - À beira do mar de Junho
João Miguel Fernandes Jorge – Antologia dos poemas [org. Joaquim Manuel Magalhães]
Leonard Cohen – Poemas e canções (2 vol., trad. de Inês Dias)
William Shakespeare – Os Sonetos (trad. de António Simões e M. Gomes da Torre)

TINTA DA CHINA
Fernando Assis Pacheco – A musa irregular (edição aumentada)
A M Pires Cabral – Frentes de fogo
Eucanaá Ferraz – Retratos com erro
Marília Garcia – Câmera lenta

VOLTA D’ MAR
Jaime Rocha – Mulher e um cão que dança
Rui Almeida – Higiene


ENSAIO, FICÇÃO, POESIA & OUTROS – UMA SELECÇÃO
Francisco Duarte Mangas – Pavese no Café Ceuta (Teodolito)
Joana Matos Frias - O Murmúrio das Imagens (2 vol., Afrontamento)
Federico Bertolazzi – Armadilha. Ensaios sobre Sophia de Mello Breyner Andersen (Documenta)
Gonçalo M. Tavares - Breves Notas sobre o Medo (Relógio d’ Água)
Gonçalo M. Tavares - Bucareste-Budapeste: Budapeste-Bucareste (Relógio d’ Água)
Manuel de Lima – Obra Reunida (Ponto de Fuga)
Harry Crews - O Cantor de Gospel (Maldoror; trad. de José Miguel Silva)
Hannah Arendt – Pensar sem Corrimão (Relógio d’ Água)
Eduardo Galeano - Futebol ao Sol e à Sombra (Antígona)
Nick Bostrom - Superinteligência — Caminhos, Perigos, Estratégias (Relógio d’ Água)
Carlos Amaral Dias e Maria Moreira dos Santos – Vida e psicodrama (Clemepsi)
Rui Tavares (direcção de)/ AA VV – Portugal, uma perspectiva (Público / tinta da china, 25 vol.)
Fréderic Gros – Desobedecer (Antígona)
José Gil – Trajectos filosóficos (Relógio d’ Água)
Eduardo Prado Coelho - Crónicas - Política e Cultura (IN-CM, org. Margarida Lages)
Walter Benjamin – As Passagens de Paris (Assírio & Alvim)
João Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas (Companhia das Letras)
Rui Manuel Amaral – Cadernos de Bernfried Jarvi (Snob)
Mário Rui de Oliveira - O Livro da Consolação (Assírio & Alvim)
José Agostinho Baptista – Epílogo (Poesia Reunida) (Assírio & Alvim)
David Mourão-Ferreira – Obra Poética (Assírio & Alvim)
João Miguel Fernandes Jorge – Antologia dos poemas [org. Joaquim Manuel Magalhães] (Relógio d’ Água)
Paulo da Costa Domingos – Carmes [Reunião da Obra Poética] (Companhia das Ilhas)
Levi Condinho - Pequeno Roteiro Cego (Abysmo)
Yvete K. Centeno – Entre silêncios [1961-2018] (Glaciar)
Isabel de Sá – O real arrasa tudo






quarta-feira, julho 31, 2019

Lídia Jorge

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CAI A CHUVA NO PORTAL

Cai a chuva no portal, está caindo 
Entre nós e o mundo, essa cortina 
Não a corras, não a rasgues, está caindo 
Fina chuva no portal da nossa vida. 
Gotas caem separando-nos do mundo 
Para vivermos em paz a nossa vida. 
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Cai a chuva no portal, está caindo 
Entre nós e o mundo, essa toalha 
Ela nos cobre, não a rasgues, está caindo 
Chuva fina no portal da nossa casa. 
Por um dia todos longe e nós dormindo 


Lídia Jorge é desde O Dia dos Prodígios (1980) autora de mais de uma dezena de romances, e alguns livros de contos, volumes, onde tem ficcionado a realidade histórica portuguesa do pós 25 de Abril. A autora, nascida em Boliqueime em 1946, estreou-se na poesia, recentemente, com Livro das Tréguas (D. Quixote).

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terça-feira, abril 30, 2019

D. Dinis

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__ Ai flores, ai flores do verde pino, 
se sabedes novas do meu amigo! 
    Ai Deus, e u é? 

__ Ai flores, ai flores do verde ramo, 
se sabedes novas do meu amado! 
    Ai Deus, e u é? 

Se sabedes novas do meu amigo, 
aquel que mentiu do que pôs comigo! 
    Ai Deus, e u é? 

Se sabedes novas do meu amado, 
aquel que mentiu do qui mi á jurado! 
    Ai Deus, e u é? 

__ Vós me perguntardes polo voss'amigo, 
e eu bem vos digo que é san'vivo. 
    Ai Deus, e u é? 

Vós me perguntardes polo voss'amado, 
e eu bem vos digo que é viv'e sano. 
    Ai Deus, e u é? 

E eu bem vos digo que é san'vivo 
e seera vosc'ant'o prazo saído. 
    Ai Deus, e u é? 

E eu bem vos digo que é viv' e sano 
e seera vosc'ant'o prazo passado 
    Ai Deus, e u é? 

domingo, março 31, 2019

Joan Zorro

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Em Lixboa, sobre lo mar
barcas novas mandei lavrar,
                ai mia senhor velida!

Em Lixboa, sobre lo ler,
barcas novas mandei fazer,
                ai mia senhor velida!

Barcas novas mandei lavrar
e no mar as mandei deitar,
                ai mia senhor velida!

Barcas novas mandei fazer
e no mar as mandei meter,
                ai mia senhor velida!

(in Poemas Portugueses - Antologia da poesia portuguesa do séc. XIII ao séc. XXI, Porto Editora, p. 107)
Joan Zorro foi um jogral português que terá feito parte da corte de D. Dinis. São-lhe conhecidas 11 composições. Em 1967 Fiama Hasse Pais Brandão publica o livro Barcas Novas (ed. Ulisseia) que inclui o poema com o título homónimo, referindo-se à Guerra Colonial. Mas a marca intertextual de Joan Zorro na poesia de Fiama, não se ficaria por ai, publicando em 1974 "O Texto de João Zorro" 

quinta-feira, fevereiro 28, 2019

Francisco Sá de Miranda

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O sol é grande, caem co’a calma as aves,
do tempo em tal sazão, que sói ser fria;
esta água que d’alto cai acordar-m’-ia
do sono não, mas de cuidados graves.

Ó cousas, todas vãs, todas mudaves,
qual é tal coração qu’em vós confia?
Passam os tempos vai dia trás dia,
incertos muito mais que ao vento as naves.

Eu vira já aqui sombras, vira flores,
vi tantas águas, vi tanta verdura,
as aves todas cantavam d’amores.

Tudo é seco e mudo; e, de mestura,
Também mudando-m’eu fiz doutras cores:
E tudo o mais renova, isto é sem cura!

Francisco Sá de Miranda viveu entre 1481 ou 1485 e 1558. Poeta maior da história da literatura portuguesa, perto de Camões, Bernadim Ribeiro, Gil Vicente. O soneto aqui apresentado é um dos mais famosos do autor e aquele com quem alguns poetas do século XX estableceram relações de intertextualidade, como é caso de Gastão Cruz.

segunda-feira, dezembro 31, 2018

LIVROS EM 2018


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1, Em meados da década de 1990, num livro intitulado Ser Digital, Nicolas Negroponte anunciava um mundo imaterial, composto por bytes. A verdade, mais de duas décadas depois, é que ainda, e felizmente, não atingimos esse mundo. Apesar das impressoras 3D, o digital ainda só serve para a transmissão de dados. É neste quadro que o livro como objecto material feito de papel, “cartolina”, cola, tinta, foi, juntamente com os jornais e revistas, ameaçado na sua materialidade pelos E-Books. Embora essa ameaça continue a pairar, o certo é que os livros electrónicos têm sido um flop. O mesmo não se pode dizer das livrarias, principalmente das que não estão ligadas aos grandes grupos que dominam o mercado editorial. Da Amazon à Wook, passando pela Fnac, a compra de livros on-line generalizou-se – mesmo a compra entre particulares através de sites como o Olx. O problema não está só na facilidade que a compra on-line oferece, mas também na incapacidade dos livreiros.
2, É neste último sentido que o ano de 2018 foi marcado pelo fecho de algumas livrarias de rua, em Lisboa e no Porto. Uma delas terá sido nos seus tempos áureos, década de 1980, 1990, uma, ou a, livraria mais importante em solo português. Era a Livraria Leitura, do Porto, enquanto teve à sua frente o livreiro Fernando Fernandes, também desaparecido este ano. No final da década de oitenta, quando pela primeira vez entrei na Leitura, que ficava então ao cimo da Rua de Ceuta, onde hoje está um moderno salão de cabeleireiro (ironicamente como se aquele espaço no trespasse trocasse o interior do cérebro pelo seu exterior capilar), encontrei o espaço mais repleto de livros que jamais tinha visto. Livros até ao tecto, onde só se chegava com um escadote, livros em estantes nas escadas que subiam para o primeiro andar, milhares de livros de todo o mundo num espaço exíguo. Nessa altura a Leitura era a mais bela livraria do mundo, se tomarmos em conta que o que faz a beleza de uma livraria são os livros, a potencialidade que eles oferecem, e não o espaço arquitectónico onde se situam, como acontece com a Livraria Lello – esta última colonizada actualmente pelos turistas deixou de ser uma livraria para se tornar num monumento. A Leitura fornecia livros para bibliotecas, fazia um catálogo, e todos os dias ia uma empregada aos correios que ficavam do outro lado da rua, com imensos livros para enviar para leitores – imagino que não só nacionais. Pela Leitura passavam frequentemente as cabeças mais iluminadas do Porto, e também quem de Lisboa vinha ao Porto. Creio que o sucesso da Leitura estava numa atenção única que Fernando Fernandes dedicava aos leitores. Numa época em que não existia internet, em que o conhecimento do que se publicava vinha de jornais como o El País ou o Magazine Literaire – mas também de outras revistas mais especializadas – Fernando Fernandes trazia até ao leitor o livro, quer este se encontrasse nos antípodas, quer estivesse ao lado na Livros do Brasil. Mas, a maior parte das vezes estava ali, na imensa secção de filosofia ou poesia, ou no original quer fosse um romance de Thomas Berhnard ou os diários de Sylvia Plath. Depois Fernando Fernandes reformou-se, vendeu a sua parte, durante alguns anos a Leitura, que passaria a chamar-se Leitura-Bulhosa, foi como um pulsar: ampliou o espaço, passando a ter entrada pela rua José Falcão, abriu livrarias no centro comercial do Bom Sucesso (Boavista) e em Serralves. Mas sem Fernando Fernandes já não era a mesma Leitura; e com a internet e a crise financeira viu-se restringida ao espaço da rua José Falcão. A colonização turística que faz do Porto (e Lisboa) uma cidade completamente descaracterizada, como se fosse uma Cinne Cità para turista, ajudou a dar a ultima machadada naquela que foi a maior livraria portuguesa.
3, Apresenta-se a seguir uma lista, por editoras (23), dos livros de poesia publicados em 2018. Será uma lista naturalmente incompleta e com erros. No entanto, foi a lista que com algumas horas de trabalho e a ajuda de sites de editoras, páginas do facebook, livrarias on-line, e jornais, consegui obter. Desta lista, comparada com a de outros anos, conclui-se, do ponto de vista editorial, não existirem grandes mudanças. A poesia continua a ser editada, a maior parte por micro-editoras (algumas só publicaram um livro), outra por editoras como a Assírio & Alvim, para quem a edição sendo um negócio, como o das salsichas não deixa de apresentar boa carne. Ou seja, livros importantes. Está neste caso o primeiro volume da obra completa de António Ramos Rosa, poeta de extensa obra que corria o risco de cair no esquecimento. Destaque-se ainda, na mesma editora a tradução de uma selecção de poemas de William Wordsworth por Daniel Jonas. Se houve autor que enervou, já desde 2010 os seus leitores, foi Joaquim Manuel Magalhães que este ano, depois de longo silêncio, voltou com novo livro de reescrita de poemas já reescritos e alguns inéditos – enfim uma confusão que pode ter a sua lógica.
4, Quanto ao ensaio, ficção e outros géneros de difícil catalogação, apresento uma pequena lista com a escolha de alguns livros. Noto por parte da imprensa que ainda se dedica a estes balanços, o esquecimento de um autor, que quer se goste ou não é fundamental na literatura e mesmo no pensamento que faz em Portugal: Gonçalo M. Tavares. Dele disse, com alguma razão José Saramago, que seria o próximo nobel português. O prémio já caiu em descrédito, mas as razões pelas quais a crítica teima em esquecer Tavares, ou outras pessoas o colocam nos mesmos termos de um José Luís Peixoto, são umas obscuras e as outras decorrentes de pura ignorância.

POESIA

ABYSMO
Luis Garcia Montero - As Lições da Intimidade (Trad. de Nuno Júdice)
Felipe Benítez Reyes - Privilégio de Penumbra (Pessoana) (Trad. de Vasco Gato)
Antero de Quental – Poesia III
AA VV - Lisbon Poetry Orchestra (Livro + 2 cd)

ALAMBIQUE
Ricardo Tiago Moura – Cruzes

AFRONTAMENTO
Fernando Echevarría - Via Analítica

ARTEFACTO
Miguel Filipe Mochila - Com a Língua nos Dentes

ASSÍRIO & ALVIM
António Ramos Rosa – Obra Poética (Vol. I)
António Botto – Poesia
Luís Quintais – Agon
Ron Padgtt – Poemas Escolhidos (int., sel. e trad. de Rosalina Marshall)
Luís Filipe Castro Mendes – Poemas Reunidos
Ana Luísa Amaral / Marinela de Freitas (Org.) - Do corpo: outras habitações
José Alberto Oliveira (versões) – Poemas da Antologia Grega
José Alberto Oliveira - De Passagem
Marta Chaves – Varanda de Inverno
Adília Lopes – Estar em Casa
Valter Hugo Mãe – Publicação da Mortalidade
Rosa Alice Branco - Traçar um Nome no Coração do Branco
Eugénio de Andrade – À Sombra da Memória (Reed. Pref. de Gonçalo M. Tavares)
Eugénio de Andrade - Ofício de Paciência (Reed. Pref. de Gastão Cruz)
Eugénio de Andrade – Rente ao Dizer (Reed. Pref. Federico Bertolazzi)
William Wordsworth – Poemas Escolhidos (Sel. e Trad. de Daniel Jonas)


AVERNO
Fábio Neves Marcelino - Canto Irregular
Tiago Araújo - Ano Zero
José Francisco Azevedo - Mistérios
Amalia Bautista - Coração Desabitado (sel. e trad. de Inês Dias)
António Barahona - Aos Pés do Mestre
Jorge Molder e Ricardo Álvaro - Morrer
José Carlos Soares - Camel Blue
Rui Pires Cabral - Manual do Condutor de Máquinas Sombrias
Carlos Nogueira/Inês Dias - Grafito
Manuel de Freitas - Shots

COMPANHIA DAS ILHAS
Ramiro S. Osório - Ao largo de Delos
Gisela Canãmero - Um Mosquito num Voo Baixo. Um Poeta na Revolução
Jorge Aguiar Oliveira - Pena de Morte
Fernando Machado Silva - Um Espelho para Reproduzir as Mutações da Vida
 Manuel Tomás - Falquejando os Dias  
Jaime Rocha (coordenação literária) - Poesia, Um Dia. Poetas em Ródão (2012-2017)
Cláudia Lucas Chéu - Beber pela Garrafa
José Viale Moutinho - A Pessoa Indicada
Rui Sousa - Ao Ouvido do Diabo
Paulo da Costa Domingos - A Vau
José Martins Garcia - Poesia Reunida

COTOVIA
Manuel Resende – Poesia Reunida
A M Pires Cabral - Trade Mark
Amália Rodrigues – Versos

DO LADO ESQUERDO
António Amaral Tavares - Retratos de Nova Iorque
André Tecedeiro - O Número de Strahler
Miguel-Manso – Mortel
Miguel Martins - Film Noir
Eunice de Souza – Coração de Abacate (Trad. de Francisco José Craveiro de Carvalho)
AA VV – Mixtape II

DOUDA CORRERIA
Hugo Milhanas Machado - Um longo tempo nos pulos do mar
Adelaide Ivánova - O Martelo
Yiannis Stiggas - Exupéry Significa Perder-se
João Paulo Esteves da Silva – Dois Bois e uma Arma na Mão
António Cabrita - Oitenta flechas para atrair a cotovia/ Livro 1
Raquel Salas Rivera – Desdomínios (trad. do espanhol e pref. de Mariano Alejandro Ribeiro)
Théodore Fraenckel – Iluminuras
Maria Daniela – Cona Cósmica
Ramiro S. Osório e Sebastião Belfort Cerqueira - RSO&SBC
Manel Seatra – Dias de Folga
Sandra Andrade - Caim / Lilith (2ª ed.)
Leonor Sá – A Poesia Está Fechada
Cristina Bartleby – O primeiro poeta que despi
Rui de Almeida Paiva - Canções de Embalar Belos Planetas Cansados
Nuno Marques – Dia do Não
Cláudia R. Sampaio – Outro nome para a solidão
Miguel Loureiro - Confissões de um Exilado no Barreiro

EDIÇÕES 50 KG
Manuel de Freitas – Sob o Olhar de Neptuno

EDIÇÕES AVANTE
Manuel Gusmão – A Foz em Delta

EDIÇÕES DO SAGUÃO
Alberto Pimenta – Pensar Depois no Caminho


EDITORIAL MINERVA
Fernando Guilherme Azevedo - Barroco Permeável
Paulo Sena - Passam as Ruas por Mim
Cláudio Cordeiro - Luz na Face
Maria do Carmo Cachulo - Pó de Arroz
José Pascoal - Excertos Incertos
José Pascoal – Antídotos
José Pascoal - Sob este Título

José Pascoal – Ponto Infinito

FRENESI
Paulo da Costa Domingos – Jocasta

GLACIAR
Carlos Frias de Carvalho - De Silêncio é o Pólen

IMPRENSA NACIONAL – CASA DA MOEDA
Vitorino Nemésio – Poesia (1916-1940)
Pedro Tamen – Retábulo de Matérias (1953-2013)
Mário Avelar – Coreografando Melodias no Rumor das Imagens
Alice Sant' Anna – Aula de Natação
Antonio Carlos Secchin - Desdizer

LICORNE
Wang Wei – Habitar o Vazio
Maria Graciete Besse – Na Inclinação da Luz
Casimiro de Brito – Memória do Paraíso
António Ladeira – Somos Infelizes

LÍNGUA MORTA
Luis Alberto de Cuenca – A Vida em Chamas (uma antologia) (sel. trad. prólogo e notas de Miguel Filipe Mochila)
Henri Michaux – Moriturus e outros textos (Org. e Trad. Rui Caeiro)
Luís Pedroso – Importunar o Tempo à Fisga
Eduardo Guerra Carneiro – Mil e Outras Noites (sel. Miguel Filipe Mochila)
Vasco Gato – Um Passo Sobre a Terra
Roberto Juarroz – A Árvore Derrubada Pelos Frutos (sel. e trad. de Rui Caeiro, Duarte Pereira e Diogo Vaz Pinto)
Ángel González – Para Que Eu Me Chame Ángel González (sel., trad., prólogo e notas de Miguel Filipe Mochila)

(NÃO) EDIÇÕES
Laura Erber - Mesa de Inspecção do Açúcar e Tabaco
Isabel Nogueira – Marginal
Rui Dias Monteiro – Reunião de Pedras
Álvaro Seiça – Previsão para 365 Poemas

OPERA OMNIA
Carlos Poças Falcão – Sombra Silêncio

PUBLICAÇÕES DOM QUIXOTE
Maria Teresa Horta – Estranhezas
Nuno Júdice - A Pura Inscrição do Amor
Manuel Alegre - Todos os Poemas São de Amor

RELÓGIO D’ ÁGUA
Bernardo Pinto de Almeida – A Ciência das Sombras
Joaquim Manuel Magalhães – Para Comigo
João Miguel Fernandes Jorge – Fuck the Polis
Marianne Moore - O Pangolim e Outros Poemas (Trad. Margarida Vale de Gato)
Arthur Rimbaud – Obra Completa (Trad. João Moita e Miguel Serras Pereira)
Gonçalo M. Tavares – Livro da Dança (reed.)

TINTA DA CHINA
Alberto Lacerda – Poemas Escolhidos (Sel. e Pref. de Luís Amorim de Sousa)
Pedro Mexia – Poemas Escolhidos
Fernando Pessoa – Fausto
Fernando Pessoa – Poesia. Antologia Mínima
Fernando Luís Sampaio - Aprender a Cantar na Era do Karaoke
Tatiana Faia – Um Quarto em Atenas
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ENSAIO, FICÇÃO, POESIA & OUTROS – UMA SELECÇÃO
António Guerreiro – O Demónio das Imagens (Língua Morta)
José Gil – Caos e Ritmo (Relógio d’ Água)
Roberto Esposito – De Fora. Uma Filosofia para a Europa (Edições 70)
Yuval Noah Harari - 21 Lições para o Século XXI (Elsinore)
Karl Kraus – Aforismos (VS – Vasco Santos Editor)
Clarice Lispector – Correio para Mulheres (Relógio d’ Água)
Rui Nunes - Suíte e Fúria (Relógio d’ Água)
Dulce Maria Cardoso – Eliete (Tinta da China)
José Sesinando – Obra Perfeitamente Incompleta (Tinta da China)
José Riço Direitinho – O Escuro que Te ilumina (Quetzal)
Gonçalo M. Tavares - O Senhor Brecht e o Sucesso (posf. Alberto Manguel) (Relógio d’ Água)
Gonçalo M. Tavares - O Senhor Walser e a Floresta (posf. Alberto Manguel) (Relógio d’ Água)
 Gonçalo M. Tavares - Cinco Meninos, Cinco Ratos (Bertrand)
Gonçalo M. Tavares - Breves Notas sobre Literatura-Bloom (Relógio d’ Água)
Carlos Poças Falcão – Sombra Silêncio (Opera Omnia)
Herberto Helder - Em Minúsculas (Porto Editora)
Manuel Resende – Poesia Reunida (Cotovia)
António Ramos Rosa – Obra Poética (Vol. I) (Assírio & Alvim)
Roberto Juarroz – A Árvore Derrubada Pelos Frutos (Língua Morta)
William Wordsworth – Poemas Escolhidos (Sel. e Trad. de Daniel Jonas)