sábado, setembro 29, 2018

JOANA MARQUES VIDAL E LUCÍLIA GAGO, A NOVA PGR EX PCTP/MRPP: UMA AGENDA REVANCHISTA

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A direita anda mal. Isso já sabíamos, mas o que custou a engolir foi a não recondução de Joana Marques Vidal como PGR. Ainda mais com a anuência do presidente da República. Porque foi no mandato de JMV que pela primeira vez um ex-primeiro-ministro (do PS, agora sem partido porque abandonado pelos camaradas) foi preso, sem acusação e para que o ministério público investigasse. Isto tanto pode acontecer a José Sócrates como ao Zé da esquina. Costumava acontecer ao Zé da esquina – pilha galinhas ou mãozinhas de artistas do gamanço da carteira do próximo. Tudo isso são actividades indignas de um juiz, um procurador do ministério público, um PJ, etc. A malta não anda a queimar as pestanas para depois prender pilha galinhas, isso é uma desonra. O ministério público, os ministérios públicos de todo o mundo têm que unir-se e tomar conta desta rebaldaria de corruptos que vai pelo mundo. De Portugal ao Brasil, de Espanha à Cochinchina. E nisso, o mandato de Joana (“Oh Joana, pensar que estivemos tão perto” já cantava em sua homenagem Marco Paulo), foi quase exemplar. De Sócrates ao Benfica, o MP mostrou que somos um país de corruptos, a precisar de um novo Salazar para endireitar isto. Mas enquanto Salazar não ressuscita ou renasce, temos o grande timoneiro Carlos Alexandre – prende primeiro, julga depois.

(Deixemos a ironia porque isto é sério e a sério). Tudo isto e muito mais se passou no mandato de Joana Marques Vidal e, certamente vai prosseguir no mandato de Lucília Gago, a nova procuradora que era procuradora-geral adjunta. Que Lucília Gago seja membro do PCTP/MRPP não espanta. Já a figura pública que mais tem dado a cara pelo ministério público, Maria José Morgado, também tem origem nessa escola de admiradores de Mao Tse-tung, um dos mais sanguinários ditadores do século XX.
A verdade é esta: existe uma agenda dos ministérios públicos um pouco por todo o mundo que visa aproveitar a provável corrupção de políticos – principalmente, mas também dirigentes desportivos e outras figuras – para criar instabilidade social. Isto é bem visível no Brasil, onde assistimos a um golpe de Estado perpetrado pelo ministério público e por juízes – a prisão de Lula, favorito nas sondagens para as eleições do próximo dia 7 de Outubro, colocam a instável democracia brasileira à beira de ser tomada por um antigo militar, Jair Bolsonaro, nitidamente fascista e simpatizante da junta militar que instaurou uma ditadura militar no país. Em Espanha, o super-juiz Baltazar Garcón tentou – quase literalmente – desenterrar o penoso passado da guerra civil espanhola. E em Portugal, além da operação marquês, nem o Benfica escapa à fúria justicialista do ministério público. Tudo isto é realmente grave – a justiça parece querer ser um factor de perturbação das sociedades onde está inserida: no Brasil, lançando o país para uma ditadura militar ou um presidente fascista, em Espanha e Portugal – países democraticamente maduros – lançando o alarme social, minando as instituições e referências, como é o caso do Benfica.
Que a nova PGR tenha sido membro de um partido maoísta, assim como foi Maria José Morgado, demonstra uma vontade revanchista alicerçada no passado: se perdemos politicamente no pós-25 de Abril, ganhamos agora desestruturando a sociedade, prendendo os políticos, os dirigentes desportivos, enfim aqueles que nos tempos demenciais do MRPP, seriam encostados à parede de um pelotão de fuzilamento.