terça-feira, dezembro 31, 2019

LIVROS EM 2019

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1, Blade Runner, o filme culto de Ridley Scott, adaptado do romance de Philip K. Dick “Do Androids Dream of Electric Sheep?” (1968) (existe tradução para português na Relógio d’ Água), passa-se no ano, agora findo, de 2019. Naturalmente, nada em concreto do que Philip K. Dick ou Ridley Scott  imaginaram  para este ano se realizou. Mas embora não tenhamos ainda carros que voam, ou Andróides que não se distinguem dos seres humanos, esses cenários são cada vez mais equacionados. Basta ler o título da entrevista que Yuval Noah Harari dá à edição de 28-12-19 do Diário de Notícias: “Em breve, alguns governos e empresas poderão saber o que cada um de nós está a pensar e a sentir”. É certo que a realidade ainda não é essa, e se os smartphones se transformaram em mini-computadores que trazemos no bolso, onde a informação aparenta ser gratuita, esse é um engano: porque, em troca, enviamos informação sobre nós, que um dia poderá tornar a frase de Yuval N. Harari, acima citada, verosímil. Temos hoje, nos nossos bolsos, um manancial de informação cujo símile será a biblioteca sonhada por Jorge Luis Borges. Então, a questão poderia colocar-se: para que servem os livros em papel? A verdade é que, para além de pouco utilizarmos essa informação – preferindo a conectividade virtual das redes sociais – também continuamos a preferir – ainda – a materialidade do livro.

2, Vejamos então, para já de um modo genérico, o ano editorial de 2019. Em nenhum campo – ensaio, ficção ou poesia – se deu o aparecimento de uma revelação. O facto de Afonso Reis Cabral ser mais uma vez, de forma requentada, apontado como um valor futuro da ficção portuguesa é sintomático disso mesmo. Mesmo na edição, o que se assistiu, foi a uma continuidade como é o caso d’ As Passagens de Paris de W. Benjamin, mais um volume das obras do filósofo alemão que João Barrento tem vindo a traduzir para a Assírio & Alvim, ou da obra de Agustina Bessa-Luís, que parece ter encontrado bom porto na Relógio d’ Água. Os novos livros de Ana Margarida Carvalho ou Alexandra Lucas Coelho, para já não falar em António Lobo Antunes, ou numa perspectiva de literatura light, José Rodrigues dos Santos, reforçam esta ideia. Também no ensaio em português, José Gil escreveu um livro, Trajectos Filosóficos (Relógio d’ Água), que é, de certa forma, uma sequência do volumoso ensaio publicado em 2018: Caos e Ritmo. Novidade editorial – mas nem tanto, porque já tinha feito parte de uma colecção de livros em fac-símile distribuído com o jornal Público – foi o aparecimento do grande romance brasileiro de Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas. O facto de só agora ter sido publicado em Portugal, deve-se a constrangimentos relacionados com os direitos editorais, e não a um divórcio – que terá existido – entre a literatura portuguesa e brasileira. Se algo de novo existiu na edição portuguesa, para além do que se observa na ponto 3, foi um proliferar de biografias, já não de políticos, mas de figuras maiores da literatura portuguesa, recentemente falecidas. Foi assim com a biografia, não autorizada pela família, que Isabel Rio Novo escreveu sobre Agustina Bessa-Luís, mas também a biografia da jornalista Isabel Nery sobre Sophia, ou de António Cândido Franco sobre Mário Cesariny. O género, que estava desaparecido, apareceu em força e alguma polémica.

3, Um dos livros do ano, não teve distribuição pelas livrarias. Refiro-me a “Portugal, Uma Perspectiva”, (que é uma história de Portugal ao contrário, como uma personagem de Saramago em "O Homem Duplicado" imaginava que devia ser a História) dirigida por Rui Tavares, e distribuída em 25 volumes, pelas bancas de jornais com o jornal Público (a certa altura tornou-se impossível encontrar o livro nas bancas, tendo os leitores que fazer o pedido directo à editora, a Tinta da China). Reunindo 50 historiadores, na sua maior parte jovens investigadores quer portugueses, quer brasileiros, quer oriundos dos PALOP, Rui Tavares criou uma História de Portugal descentrada, crítica – e aqui talvez se note uma resposta à História de Portugal organizada por Rui Ramos –, mas lacunar (os volumes organizavam-se por anos: 2019, 1998, 1974, 1961, até terminar em 500 a. C.). Certo é que esta retrospectiva, ou perspectiva, de Portugal, em alguns dos seus volumes, vai fazer uma crítica do esclavagismo português (não temendo cair no pecado historiográfico do anacronismo), da inquisição, e tendo uma perspectiva de um Portugal global. Há, de certa forma, uma ligação com a intencionalidade política da trilogia romanesca de Alexandra Lucas Coelho, no que diz respeito à escravatura, particularmente no Brasil. Note-se que esta perspectiva crítica sobre a História de Portugal, tinha sido já inaugurada por Ana Barradas, no início da década de 1990, com o livro “Os Ministros da Noite. Livro Negro da Expansão Portuguesa” este ano, significativamente, reeditado pela Antígona.

4, No diz respeito à poesia, 2019 foi, antes de mais o ano do centenário de dois dos grandes poetas do século XX: Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen. Há que dizer, que nas comemorações do centenário do nascimento destes dois poetas – e no caso de Jorge de Sena, mais que um poeta, o autor de um dos melhores romances portugueses do século XX, “Sinais de Fogo”, para além de ensaísta, tradutor, antologiador, professor universitário (Brasil e EUA) e pai de cerca de uma dezena de filhos – a história repetiu-se, mais uma vez. Sophia é consensual (talvez demasiado) como as coisas que as suas palavras iluminaram, com alguma sombra; Sena, continua a ser polémico, como o próprio foi em vida. E com alguma razão. Basta ver que, embora grandiosa, da obra de Jorge de Sena, quase nada se encontra nas livrarias, a começar pela sua poesia (quase) completa.

5, Quanto à lista que abaixo se apresenta, mais uma vez tentou ser exaustiva, mas mesmo assim sei que com lacunas. Um dos problemas das pequenas editoras, está em utilizar apenas o facebook como forma de comunicação. Ora, o facebook tem um grafismo monocórdico, que não serve uma estratégia de marketing como um blog serve, ou melhor, uma página concebida de raiz para determinada editora. Por outro lado, mesmo utilizando o facebook, há editores que se esquecem de promover os livros que editam, num desrespeito pelos autores. Está neste caso a editora Glaciar, que este ano publicou três poetas importantes: Yvete K. Centeno (discreta mas muito interessante poeta que se tem dedicado ao estudo e tradução de autores de língua alemã, como Paul Celan) que reuniu a sua poesia desde 1961 em “Entre Silêncios”; e um dos grandes romancistas portugueses – e também poeta – que enveredou pela mesma estratégia: Mário Cláudio com “Doze Mapas”, a sua poesia completa desde 1969, e ainda Albano Martins, de quem esta editora publicou o livro póstumo “Os Dados de Eros”. Não fosse uma nota no Expresso, de José Mário Silva, estes livros ter-me-iam passado despercebidos, como certamente passaram despercebidos, por exemplo, aos leitores da obra de Mário Cláudio. Esta situação já não configura o que António Guerreiro, no Ipsilon de 20-12-19, chamava “culto da clandestinidade auto-infligida ou do livro-fetiche que circula como um dom no espaço de cumplicidade do autor”. Aqui trata-se de pura negligência editorial.
Quanto aos mais de 130 livros de poesia que fazem parte desta lista, há uma tendência, em alguns autores, para a reunião da sua poesia completa: é assim com David Mourão-Ferreira, José Agostinho Baptista, Fernando Guimarães, Paulo da Costa Domingos, Pedro Silveira, Francisco José Viegas, Rui Caeiro, Fernando Assis Pacheco (com a sua Musa Irregular aumentada), o vocalista dos Mão Morta Adolfo Luxúria Canibal, e mesmo uma autora já deste século, com 3 livros publicados, como é o caso de Andreia C. Faria. Acrescente-se a estes autores os já referidos Yvete K. Centeno e Mário Cláudio. Outros autores optaram pelas antologias. No bom trabalho editorial destaque-se a Cotovia, que publicou dois livros de Vergilio: “Geórgicas” e “Bucólica” em tradução de Gabriel A. F. Silva. Ainda uma referência para Isabel de Sá, que depois de 20 anos sem publicar um livro inédito, regressa com “O Real Arrasa Tudo”; e também, para um autor que, merecia maior destaque: Levi Condinho. E ainda há a antologia de João Miguel Fernandes Jorge organizada por Joaquim Manuel Magalhães ou a tradução de “A Beleza do Marido” de Anne Carson, na (não) edições.

POESIA
100 CABEÇAS
Fernando Guerreiro – Ventos borrascosos

ABYSMO
Rita Taborda Duarte – As Orelhas de Karenin
Luís de Camões - Ku Ki Vos | Com Que Voz (tradução de 65 sonetos para o caboverdeano por José Luiz Tavares)
José Luiz Tavares - Arder a Vida Inteira
Carlos Morais José – Anastasis
Georg Trakl – Poemas (trad. e pref. António Castro Caeiro)
Levi Condinho - Pequeno Roteiro Cego
João Rios - Reter o amor no gancho do talho
Manuel Rodrigues – Anastática para Alberto Pimenta
José Anjos - Uma Fotografia Apontada à Cabeça

AFRONTAMENTO
Fernando Guimarães – Lugar da Palavra (Poesia Reunida, 1956-2019)
Maria Albertina Mitelo – Lugar das Rosas
Margara Russotto - As Quatro Estações da Poesia - Seleção poética 1986-2016 (trad. Susana Antunes)


ASSÍRIO & ALVIM
José Agostinho Baptista – Epílogo (Poesia Reunida)
David Mourão-Ferreira – Obra Poética
Daniel Faria – O Livro do Joaquim
Ana Luísa Amaral – Ágora
Mário Rui de Oliveira – O Livro da Consolação
Gançalo Fernandes – Giz Preto
Kobayashi Issa – Os Animais (haikus)
Fernando Pessoa - Antinous e outros poemas em inglês
Peter Handke – Poema à Duração (reed.)
Juan Vicente Piqueras – Instruções para atravessar o deserto (trad. de João Duarte Rodrigues e Manuel Alberto Valente)
Sophia de Mello Breyner Andersen - Musa - O Búzio de Cós e Outros Poemas
__ - Livro Sexto

AVERNO
Emanuel Jorge Botelho - Dizeres de atalaia, 2
Emanuel Jorge Botelho - Dizeres de Atalaia 1
Antonia Pozzi - Morte de uma Estação (sel. trad. de Inês Dias, reed. revista e aumentada)
Jorge Roque - Senhor Porco / Sua Excelência
Abel Neves - Escuro Celeste dos Olhos
Luca Argel - Fui ao Inferno e Lembrei-me de Ti
António Barahona - A Fina Flora do Crepúsculo
Nunes da Rocha - As Moscas de Sileno - Zig et Zig et Zag

BESTIÁRIO
Rui Baião - Balabela

COMPANHIA DAS ILHAS
Paulo da Costa Domingos – Carmes [Reunião da Obra Poética]
Ramiro S. Osório - “aos que chegaram depois” / a vida e o seu duplo
Pedro Silveira – Fui ao mar buscar laranjas [obra reunida]
Urbano Bettencourt - Com navalhas e navios
Catarina Costa - Essas alegrias violentas
Helder Moura Pereira - O pássaro canta o seu canto simples
José Ricardo Nunes – Clássico
Madalena de Castro Campos - A Gun in the Garland
José Manuel Teixeira da Silva (org.) - A garganta inflamada (antologia)

COTOVIA
Vergilio – Geórgicas (trad. Gabriel A. F. Silva)
Vergilio – Bucólicas (trad. Gabriel A. F. Silva)

DEBOUT SUR L'OEUf
Jorge Aguiar Oliveira – Parasitas mortais
José Carlos Soares – Sottovoce
Dímiter Ánguelov – Zeitnot


DO LADO ESQUERDO
Mafalda Sofia Gomes – Espigueiro
Hugo Carvalheira Neves – Certa Parentela
Karmelo C. Iribarren – Estas coisas acontecem sempre de repente (trad. de Francisco José Craveiro de Carvalho)
Maria Sousa – Não abras a porta a estranhos
André Tecedeiro – A Arte da fuga
Adolfo Luxúria Canibal – No fim era o frio e outros textos de amor e solidão

DOUDA CORRERIA
Candeias Nunes - Não sou daqui: eu vim num dorso de vaga
Rui Nuno Vaz Tomé – Só a castidade é natural
Miguel Castro Caldas – Enseada
Tó Carlos – Benfica
Nuno Moura – Terceira
Maria Daniela – O saque a desordem os planetas
Nick Virgilio - A sombra de uma borboleta
Júlia Barata – 2 histórias de amor
João Paulo Esteves da Silva – O coração do Adão
Leonardo Fróes – Assim
Marília Floôr Kosby – Mugido
Raphael Sassaki – A destruição do mundo
Gabre Valle – Cinoverbo
António Ferra – Bluff
Ana Martins Marques/ Antologia - Linha de Rebentação
Marta Caldas – Assembleia
Lígia Soares – Civilização
Almas Delirantes – do Telhal a Rilhafoles
Mário Gomes – Conjunto de 3
Nuno Moura – Braçada
Gonçalo Perestrelo – Crepitam as palmeiras
João Silveira – Motores gerais
Saguenail (escreveu) e João Alves (ilustrou) – A morte lenta

EDIÇÃO DO AUTOR
Marcos Foz – Arca e Usura

EDIÇÕES DO SAGUÃO
Alberto Pimenta – Zombo
Hans Magnus Enzensberger – 66 Poemas (escolha e trad. de Alberto Pimenta)

IMPRENSA NACIONAL/ CASA DA MOEDA
José Luiz Tavares – Instruções para uso posterior ao naufrágio
Francisco José Viegas – Deixar um verso a meio
Guido Cavalcanti – Rimas (trad. de A. Ferreira da Silva)
Michelangelo Buonarroti – Rimas (trad. de João Ferrão)

GLACIAR
Yvete K. Centeno – Entre silêncios [1961-2018]
Mário Cláudio – Doze mapas [1969-2019]
Albano Martins - Os Dados de Eros
AA VV - Manu Scripta. Antologia de poemas manuscritos
Alberto Pereira – Viagem à demência dos pássaros
Raquel Chalfi – Caravela Portuguesa (trad. de Lúcia Liba Mucznik)

GUERRA E PAZ
AA VV - Antologia de poesia romena contemporânea
Victor Correia (org.) - Poemas eróticos dos cancioneiros mediavais galago-portugueses
Thimothy Hagelstein - Águas silenciosas

LICORNE
Frei Agostinho da Cruz – Antologia poética (org. e pref. de Ruy Ventura)
Miguel Esteves Pinto – Supipostolare Encyclopaedia

LÍNGUA MORTA
Claudio Rodríguez – Sem epitáfio (trad. de Miguel Filipe Mochila)
João Almeida – Canto Skin (reunião da obra poética)
Amândio Reis – Spinalonga
Catarina Nunes de Almeida – Livro redondo
Ricardo Norte – Sara
Luís Filipe Parrado – Entre a carne e o osso
Ivone Mendes da Silva – A mulher do meio
Jorge de Sena – Estão podres as palavras (uma antologia organizada por Teresa Carvalho e José Manuel de Vasconcelos)
Nicanor Parra – Acho que vou morrer de poesia (antologia, org. e trad. de Miguel Filipe Mochila
António Gregório – Documentário


(NÃO EDIÇÕES)
 Anne Carson - A beleza do marido (trad. de Tatiana Faia)
José António Almeida - A angústia da azeitona antes de se transformar em luz
Ricardo Marques – Lucidez
José Pedro Moreira - Porque canta um pequeno coração

MALDOROR
Rui Caeiro - O Sangue a Ranger nas Curvas Apertadas do Coração. Obra reunida
António Cabrita (org. e trad.) - As Causas Perdidas: antologia de poesia hispano-americana
Rubaiyat - Odes à Embriaguez Divina (versões e prefácio de Zetho Cunha Gonçalves)

MEDULA
Henrique Manuel Bento Fialho – Estalagem

NOVA MYMOSA
António Cabrita - A Gazeta de Madagáscar e Mais Doze Despedidas

PORTO EDITORA
Isabel de Sá – O real arrasa tudo
Andreia C. Faria – Alegria para o fim do mundo [poesia reunida]
Adolfo Luxúria Canibal – No rasto dos duendes eléctricos [poesia reunida]
João Habitualmente – Um dia tudo isto será meu [Antologia]
Fernando Lemos – Poesia
Emanuel Madalena – Sob a forma do silêncio
Luís Costa – Amar o tempo das grandes maldições

PUBLICAÇÕES DOM QUIXOTE
Fernando Pinto do Amaral – O Terceiro Vértice
Maria Teresa Horta – Eu sou a minha poesia
António Carlos Cortez – Jaguar
Nuno Júdice – O coro da desordem
Manuel Alegre – Os sonetos
Amanda Lovelace – Aqui a princesa salva-se sozinha
Pablo Neruda – Poemas de Amor (trad. de Nuno Júdice)
Lídia Jorge - O livro das tréguas

RELÓGIO D’ ÁGUA
João Miguel Fernandes Jorge - À beira do mar de Junho
João Miguel Fernandes Jorge – Antologia dos poemas [org. Joaquim Manuel Magalhães]
Leonard Cohen – Poemas e canções (2 vol., trad. de Inês Dias)
William Shakespeare – Os Sonetos (trad. de António Simões e M. Gomes da Torre)

TINTA DA CHINA
Fernando Assis Pacheco – A musa irregular (edição aumentada)
A M Pires Cabral – Frentes de fogo
Eucanaá Ferraz – Retratos com erro
Marília Garcia – Câmera lenta

VOLTA D’ MAR
Jaime Rocha – Mulher e um cão que dança
Rui Almeida – Higiene


ENSAIO, FICÇÃO, POESIA & OUTROS – UMA SELECÇÃO
Francisco Duarte Mangas – Pavese no Café Ceuta (Teodolito)
Joana Matos Frias - O Murmúrio das Imagens (2 vol., Afrontamento)
Federico Bertolazzi – Armadilha. Ensaios sobre Sophia de Mello Breyner Andersen (Documenta)
Gonçalo M. Tavares - Breves Notas sobre o Medo (Relógio d’ Água)
Gonçalo M. Tavares - Bucareste-Budapeste: Budapeste-Bucareste (Relógio d’ Água)
Manuel de Lima – Obra Reunida (Ponto de Fuga)
Harry Crews - O Cantor de Gospel (Maldoror; trad. de José Miguel Silva)
Hannah Arendt – Pensar sem Corrimão (Relógio d’ Água)
Eduardo Galeano - Futebol ao Sol e à Sombra (Antígona)
Nick Bostrom - Superinteligência — Caminhos, Perigos, Estratégias (Relógio d’ Água)
Carlos Amaral Dias e Maria Moreira dos Santos – Vida e psicodrama (Clemepsi)
Rui Tavares (direcção de)/ AA VV – Portugal, uma perspectiva (Público / tinta da china, 25 vol.)
Fréderic Gros – Desobedecer (Antígona)
José Gil – Trajectos filosóficos (Relógio d’ Água)
Eduardo Prado Coelho - Crónicas - Política e Cultura (IN-CM, org. Margarida Lages)
Walter Benjamin – As Passagens de Paris (Assírio & Alvim)
João Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas (Companhia das Letras)
Rui Manuel Amaral – Cadernos de Bernfried Jarvi (Snob)
Mário Rui de Oliveira - O Livro da Consolação (Assírio & Alvim)
José Agostinho Baptista – Epílogo (Poesia Reunida) (Assírio & Alvim)
David Mourão-Ferreira – Obra Poética (Assírio & Alvim)
João Miguel Fernandes Jorge – Antologia dos poemas [org. Joaquim Manuel Magalhães] (Relógio d’ Água)
Paulo da Costa Domingos – Carmes [Reunião da Obra Poética] (Companhia das Ilhas)
Levi Condinho - Pequeno Roteiro Cego (Abysmo)
Yvete K. Centeno – Entre silêncios [1961-2018] (Glaciar)
Isabel de Sá – O real arrasa tudo