O jornalismo, pelo menos em Portugal, tornou-se de há uma década para cá numa coisa séria, institucional. Ao jornalista pede-se respeitinho pelas figuras públicas, simpatia, cordialidade, nada de questões incómodas.(A porta da rua é já ali). O cumulo deste tipo de jornalismo deu-se a ver hoje na SIC, num programa intitulado Primeira Pessoa, emitido logo a seguir ao Jornal da Noite. O programa tinha como entrevistado o patrão da SIC e Expresso, o grande magnata da imprensa portuguesa, Francisco Pinto Balsemão, apresentado por Conceição Lino como uma personagem de telenovela a entrar no prédio da Impressa. Exactamente como os "ricos" das telenovelas que a SIC ou a TVI passam. Balsemão que foi jornalista, foi também fundador do PPD/PSD e primeiro-ministro. Ou seja, experimentou os três poderes (politico, mediático e económico) é uma figura interessante para uma entrevista séria. Mas para um programa de lambe-botas, como parece ser este, escolher para a primeira emissão o patrão, é o cumulo do descaramento. E o descaramento parece ser todo de Nuno Santos, o novo director de programas da estação de Carnaxide.
1 comentário:
... tudo vira comércio
não é mesmo!!!!
triste realidade, a qualidade anda escassa, em tudo.
bjs.
Ju gioli
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