sábado, dezembro 20, 2008

António Carlos Cortez


PINTURA

Monet tens a impressão da realidade
e ela não pode ser de outro modo
Misturas na tela as cores primárias
como hoje a pintora no seu atelier
traçando a negro a figura humana

A poesia é talvez o momento
em que a pintura é exercida
de outra forma Um défice de realidade
nos olhos Nesse tempo o poema
surge para um dizer novo

António Carlos Cortez nasceu em Lisboa em 1976. Escreve sobre poesia no Jornal de Letras e tem artigos publicados nas revistas Relâmpago e O Escritor. Como poeta estreou-se em 1999 com Ritos de Passagem a que se seguiram Um Barco no Rio (2002), A Sombra no Limite (2004) e À Flor da Pele (2007) do qual se retirou o poema que aqui apresentamos. É ainda autor de um livro de crítica de poesia: Nos Passos da Poesia (2005).

3 comentários:

JOS´´E LANÇA-COELHO disse...

Caro António C. Cortez: Colaborei simultaneamente consigo na 'Rodapé' de J. Mestre, e soube do falecimento dele, pelo s/artigo no 'JL'. Agradecia-lhe se me arranjava o mail da Marta Mestre, para lhe enviar um artigo que publiquei no 'J. de Oeiras' sobre o pai dela. Obrigado, José Lança-Coelho.

Ana disse...

Eu tive a sorte de ter este senhor como meu professor de português. Já foi há uns anos mas está sempre na memória. Foi dos melhores professores que tive até hoje e que muito me ensinou.
Por vezes, ainda que mentalmente, envio-lhe um obrigado. Não só por essa oportunidade mas também por poder ler as suas obras.

jlança-coelho disse...

Cara Ana: Só agora vi o seu comentário, de 21 de Setembro de 2009, a meu respeito, que muita felicidade me trouxe, e que me encheu de orgulho, porque ele é a prova de que fiz o que me foi pedido enquanto professor. Se ler isto, por favor entre em contacto comigo para o facebook, onde tenho uma página chamada «A LANÇA», onde é raro o dia em que não ponho um poema.
Fico à espera que diga alguma coisa.
Um abraço do
José Lança-Coelho