Vivemos
tempos sem qualidades, tempos em que quem detém algum poder, seja no for, é um
imbecil. A começar, somos governados por imbecis do calibre de um Vítor Gaspar.
Este imbecil junta-se a outros imbecis no eurogrupo, e produz uma decisão que
nenhum grupo de mongolóides produziria: um imposto sobre contas bancárias no
Chipre como medida de penalização e resgate. Quem manda na Europa? Frau Merkel,
uma mulher vulgar, que lembra uma dessas donas de casa estupidificadas pela
televisão, castradas pelo tempo no after menopausa, engordando e tomando para
si a administração do orçamento conjugal. Assim é Merkel que toma por
verdadeira a metáfora de que a Europa é uma casa comum e delira uma vida com um
harém de homens com quem vive em conjugalidade económica. O gozo mentecapto de
frau Merkel passa pela imposição da máxima austeridade aos cônjuges da “casa
comum”.
Esta imbecilidade que nos governa vem de uma outra imbecilidade que se
criou nas últimas décadas – a da sociedade do espectáculo. Ora, nunca como hoje
a sociedade do espectáculo, que tem o seu ponto mais alto na omnipresente
televisão, foi tão estúpida e imbecilizante. Que um jornal tablóide,
especialista na notícia de choque, sensacionalista, como o Correio da Manhã,
lance um canal televisivo que pretende adaptar o formato do jornal à televisão,
é uma má notícia. Mas pior é perceber que mais cedo ou mais tarde o pouco
de imprensa de referência que ainda resta vai fechar. Como será um mundo sem
jornais?
Talvez seja nostalgia. Porque os actuais jornais já nada mais fazem do
que se comportarem como cães dóceis. E no meio disto tudo, deste paraíso de
imbecilidade e mesquinhez, é sempre a televisão que ganha – o espectáculo e a
emoção na “força da imagem”, na tagarelice e na asneira. E aqui entram os
comentadores: eles estão por todo o lado, desde os programas da manhã às
últimas notícias pela meia-noite. São gente iluminada que tem o dom de saber
interpretar as notícias. Mais: eles são capazes de prever o futuro. Numa
usurpação de funções ao professor Bambo, o professor Marcelo já anunciou que o
Benfica vai ser campeão. Entretanto espera-se na Faculdade de Direito pelo
professor Bambo. A astróloga Maya enveredou por outro caminho: recauchutou as
mamas e ei-la a apresentar programas de entretenimento para manter os zombies
zombies na tal CMTV. Um programa de comentadores/comendadores a não menosprezar
pela sua atracção para a asneira é o Governo Sombra. Vindo da TSF, tem agora
honras televisivas na TVI 24. A boçalidade está lá representada pelo humorista
Ricardo Araújo Pereira, pelo jornalista João Miguel Tavares (nada como ser
processado por Sócrates), pelo crítico literário e poeta (entre outras coisas)
Pedro Mexia e por Carlos Vaz Marques, o maior especialista português em
interrogar intelectuais depois de um inspector da PIDE de cujo nome não me
lembro.
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