Enquanto Nelson Mandela, uma
referência mundial nos direitos humanos, luta pela vida num hospital de
Joanesburgo, em Portugal assistimos à estúpida situação de um cão que matou uma
criança ser elevado ao estatuto de novo Mandela. “Vamos chamá-lo Mandela,porque tal como o líder sul-africano este cão também é um símbolo de liberdade.Esteve preso sete meses sem saber porquê, tal como Mandela esteve preso mais deduas décadas”. Foi com este desplante de demente que a dirigente da AssociaçãoAnimal, Rita Silva, comentou a “libertação” do pitbull que há uns meses esmagou
o crânio de uma criança. Repare-se na enormidade destas afirmações: Rita Silva
compara um cão assassino a um dirigente que transformou a política racista de
um país e é um símbolo da liberdade e da luta pelos direitos humanos. Será que
Rita Silva e a Associação Animal são uma corja de racistas e estas declarações
pretendem atingir Nelson Mandela? Ou será que estas declarações, insanas,
revelam que para a Animal a vida de um cão tem mais valor que uma vida humana,
e consequentemente, como esteve preso sete meses, o cão assassino de um bebé
tornou-se “num símbolo” da libertação animal, assim como Mandela foi um símbolo
da libertação dos negros sul-africanos? Portanto, se tivermos em conta esta
última hipótese a Associação Animal – e não só – defende a supremacia da vida
animal sobre a vida humana. Nada disto é completamente estranho se tivermos em
conta o “pensamento” de um tal Peter Singer. Mas estas declarações e atitudes
devem ser combatidas com toda a veemência. A Animal e a sua dirigente devem
merecer o mesmo tratamento e repudio que os talibãs merecem. Porque é disso que
se trata: fundamentalistas que pretendem subjugar os humanos já não aos deuses
mas aos animais.
Sem comentários:
Enviar um comentário