Este governo
não é só criminoso porque está a atirar pessoas para a miséria, porque está a
desmantelar o Estado Social – saúde, segurança social, educação – que é o
suporte de vida de muita gente em Portugal; este governo não é só criminoso
porque rouba as reformas aos pensionistas, o resultado de uma vida de trabalho
para sobreviver com alguma dignidade; este governo não é só criminoso porque
está a fazer retrocessos nunca vistos no regime laboral, levando os direitos
dos trabalhadores para o nível do salazarismo, criando um desemprego que para
muita gente – os que têm mais de 30, 40 anos – será para o resto das suas
vidas. Este governo é também criminoso porque está a liquidar, a privatizar, as
últimas empresas que na maior parte dos estados democráticos estão nas mãos do
Estado porque tanto a nível simbólico como económico e estratégico devem
pertencer ao Estado. Ora sobre este processo de últimas privatizações, de que a
EDP foi o primeiro exemplo, começa-se a levantar um pouco do véu de nebulosidade.
O Público de hoje, sobre a escandalosa privatização da TAP ao preço da chuva,
revela como o energúmeno ministro Relvas reuniu há mais de um ano com o tal Efromovich,
o único interessado em comprar a TAP, e como este Efromovich está ligado a
outro vigarista brasileiro, José Dirceu envolvido no escândalo do mensalão, de
quem Relvas é amigo. Ou seja, começa a ser claramente notório que este governo
é constituído, quer no sentido moral, político e constitucional, mas também
agora no sentido jurídico por um bando de criminosos. Sobre o “dr.” Relvas, e
pelo seu currículo, não restam dúvidas que mais tarde ou mais cedo, terá o
destino dos amigos de Cavaco do BPN. Sobre os outros, Coelho, Gaspar, Borges,
Mota Soares, Nuno Crato (veja-se a reportagem da TVI sobre os colégios da empresa GPS), é necessário que os cidadãos se mobilizem, que acordem outra vez,
e sigam o exemplo da Islândia.
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