A passagem dos três ladrões da troika por
Portugal foi o pior que aconteceu a Portugal depois da ditadura de Salazar. E
quem trouxe a troika foi Passos Coelho - lembram-se do PEC 4, quando não só a
direita mas também o PCP e o BE votaram, irresponsavelmente, contra Sócrates?
Sim, foi Passos e Teixeira dos Santos, e não Sócrates que fez tudo para evitar
que a troika viesse, até ser traído pelo seu ministro das finanças, quem abriu
a porta aos vampiros. Há três anos havia tanta gente a desejar a entrada dos
bandidos da troika Portugal adentro. Eles eram a garantia de uma política de
destruição. Agora a troika foi embora, mas a política de destruição, de
empobrecimento, de cortes, vai continuar, pelo menos até ao fim desta
legislatura.
Em 3
anos a dita troika ajudou a aumentar o desemprego para níveis nunca vistos,
aumentou a dívida para 130 % do PIB, a emigração voltou aos níveis dos anos 60
salazaristas, tentou-se destruir o Serviço Nacional de Saúde, a Segurança
Social, acabar com a ciência e a cultura, enfim destruiu-se a vida de muitos
portugueses (a lista de todas as maldades não cabem aqui). A troika foi
embora, mas Passos Coelho e Portas ficam, eles que fizeram questão de ir além
da troika, de empobrecer Portugal, de cumprir a ideologia neoliberal reinante.
Quanto aos portugueses, ao bom povo
português, ao “povo sereno”, comportaram-se até agora como bois mansos: não
gostam dos políticos, é certo, mas é só porque acham que os políticos o que
querem é tacho. Os políticos, não todos, representam altos tachos, muitos
tachos, mais tachos que os que Joana Vasconcelos utilizou para construir o seu
sapato de Cinderela. Tachos invisíveis e imensos. Agora, nas Europeias a AP
(Aliança Portugal – PSD e CSD-PP coligados) terá, infelizmente, muito mais de
20 % dos votos. E é ai que estão os serviçais dos tachões.
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