Ao quinto ano de recessão, de completa destruição de um país
empreendida pela Europa comandada pela chanceler Merkel, o povo grego ergueu-se
do fundo de um poço. Ao votar maioritariamente no Syriza (apelidado de extrema-esquerda)
os gregos estão a matar o lobo que lhes guardava as galinhas; estão a
reconquistar a sua dignidade. Mas mais que isso estão a permitir que a Europa antidemocrática,
onde o sul tem sido esmagado pelo norte, volte não só à democracia mas a uma
nova forma de fazer política. Uma política que se faça para as pessoas e não
para as grandes empresas e grupos financeiros.
A Grécia, o povo grego, sofreram muito ao longo destes
últimos cinco anos – alguns perderam a vida na sequência das dementes políticas
exigidas pela troika. É tempo de acabar com as estúpidas exigências da troika,
é tempo da Europa do sul, incluindo Portugal, exigir aos seus governantes que
governem em seu nome. Com a vitória do Syriza pode iniciar-se na Europa uma
nova forma de fazer política que tem em partidos como o Podemos, de Espanha, um
dos seus expoentes. Não será um milagre, nem uma tarefa fácil destruir toda a
escumalha burocrática, financeira e espectacular que nos governa. Mas talvez
hoje seja o primeiro dia de uma nova era, uma nova política que se ergue.
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